sábado, 17 de março de 2007

Terceira Aula: As Missões Jesuíticas


Nessa aula foi explorada uma apresentação de slides dos sítios históricos das reduções jesuíticas como forma de ilustar o processo de penetração européia pelo território que atualmente forma o Rio Grande do Sul. Esse material pode ser acessado pelo endereço http://www.ufrgs.br/lch/repositorio/index.htm

As reduções jesuíticas constituiram uma experiência histórica singular. Trata-se de um conjunto de algumas dezenas de cidades espalhadas pelas margens da bacia hidrográfica do Rio da Prata. Foram fundadas ao longo do século XVII e XVIII em território que hoje é dividido por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Em cada uma dessas missionário católicos da ordem da Companhia de Jesus, os jesuítas, reuniram milhares de índios convencidos a abandonar a vida nomade. Nas reduções os indígenas desenvolveram a agricultura e a pecuária, mas também eram ensinados nas artes do canto e da música e nos ofícios da escultura em madeira e pedra entre outras.

As diversas peças de arte sacra que se encontram no Museu das Missões bem como as próprias edificações que ali se preservam nos mostram que aquelas comunidades indígines produziram uma cultura rica e original. Mesclando traços e valores da cultura indígena a técnicas e valores da arte européia da época deram forma ao estilo hoje chamado de barroco missioneiro.

Contudo, em 1750 pelo Tratado de Madri o Reino da Espanha abria mão do controle do território das missões a leste do Rio Uruguai, ou seja, onde atualmete fica o Rio Grande do Sul. Para possibilitar a ocupação deste território por colonos portugueses era necessário que os jesuítas espanhóis retirassem os índios sob seu controle para a outra margem do Rio Uruguai. Contudo alguns jesuítas e um tanto de indígenas resolveram se manter nas reduções que construiram e nas terras que cultivavam. Entre esses se destacou a figura do cacique Sepé Tiarajú. Para expulsa-los os exércitos de Espanha e Portugual se reuniram provocando um massacre da resistência indígina.

Por ser vestígio de toda essa experiência histórica em 1937 os sítios arqueológicos das missões jesuíticas, situados em território gaúcho, foram considerados como patrimônio histórico nacional. Assim se tornaram reconheciods como bens de valor para a formação da nação brasileira. Em 1983 os sítios brasileiros e mais os sítios situados no território argentino e paraguaio foram tombando como patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.

A atividade turística que explora os sítios arqueológicos dever ter presente seu valor como atrativo, mas também como patrimônio histórico. Ou seja, ao visitar esses bens o turista deve ser informado das histórias que ali se passaram, mas também da importância de não se danificar os objetos do sítios. Estatuas, paredes, peças de barro e demais artefatos históricos como os as Ruínas de São Miguel, fundada em 1632, resistem a 350 anos e merecem ser vistas pelas gerações futuras.



Atividade complementar:
Assistir o filme
A MISSÃO (The Mission, ING 1986). Direção Roland Joffé. Elenco: Robert de Niro, Jeremy Irons, Lian Neeson, 121 min., Flashsta
e identificar:
1. Qual o interesse dos jesuítas com a catequese dos índios?
2. Como os índios são apresentados aos europeus que chegam as reduções?
3. Quais as razões que obrigam os índios a abandonar as reduções jesuíticas?

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