sexta-feira, 6 de julho de 2007

Passeio pelo centro de Porto Alegre

Caros amigos,

Dentro do programa Viva o Centro a Pé - caminhadas orientadas pelo centro de Porto Alegre - estarei conduzindo, no dia 28 de julho, uma caminha pelo centro de Porto Alegre.
Local: Totem do Caminho dos Antiquários, Praça Daltro Filho.
Saída às 10h.

Nesse roteiro estaremos destacando os lugares de cultura e as práticas de sociabilidade da população de Porto Alegre.

O roteiro inicia na Feira da Cidade Antiga, junto a Praça do Capitólio.

Aguardo vocês,
Ricardo Pacheco

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Caminhada pela Cidade Baixa


Ola Amigos,

No nosso último encontro realizamos uma caminhada pela Bairro Cidade Baixa da capital do s gaúchos, Porto Alegre.
Nesse caminho nos detemos em narrar o processo de urbanização do Parque Farroupilha; perceber detalhes de alguns de seus monumentos, em especial o do Expedicionário; conhecer a a Capela Positivista.
Passeamos pelas ruas do bairro identificando as moradias tipicas do porcesso de urbanização como o casario da Travessa dos Venesianos e da João Alfredo, além do Solar Lopo Gonçalves.
Por fim seguimos o antigo caminho do Arroio do Dilúvio e atravessamos a Ponte de Pedra.
Para então terminarmos na bela feira da cidade antiga.
Espero que tenham gostado desse 'olhar a cidade' com um pouco mais de cuidado e atenção aos lugares que frenquentamos e nomeamos sem perceber o que ai tem de história e de memória.
Abraços,

domingo, 1 de abril de 2007

Quinta aula: Imigrações para o Rio Grande do Sul

O território que atualmente forma o Estado do Rio Grande do Sul era inicialmente ocupado por povoações indígenas que tinha na vida nomade uma de suas características. Mas ao longo do século XVIII interesses econômicos fizeram com que portugueses e espanhóis passassem a transitar por esse território e iniciassem o movimento de imigração e colonização dessas terras.

Inicialmente o Rei de Portugal distribuiu sesmarias para tropeiros que se dedicavam a caça do gado chucro. Inicialmente o gado tinha valor pelo seu couro. Posteriormente passou a ser transportado vivo para a região das Minas Gerais e utilizado para a produção do charque.

A partir de 1750 casais oriundos das Ilhas dos Açores foram trazidos com a finalidade de povoarem a região das missões jesuíticas. Por razões diplomáticas, contudo, eles ficaram impedidos de irem para essa região e acabaram recebendo lotes de terra em diversos pontos das margens da Lagoa dos Patos e do Rio Jacuí.

Desse primeiro movimento de migração para o território do Rio Grande do Sul surgiram diversas povoações que mais tarde seriam cidades importantes como Porto Alegre.

No ano de 1824 inicia-se a imigração de famílias de origem alemã para o Estado. Os primeiros casais vão receber terras ao longo de rios secundários como o Rio dos Sinos e o Caí e instrumentos para iniciarem sua produção. Mas as famílias que chegam após 1950 vão passam a pagar por seus lotes. Nas margens desses rios surgem cidades características desse movimento migratório como São Leopoldo.

A partir de 1870 passam a chegar ao Estado colonizadores de origem italiana. Uma vez que as terras baixas estavam ocupadas a esses migrantes são vendidos lotes na subida da serra. O centro dessa colonização foi a cidade de Caxias do Sul.

No início do século XX o Rio Grande do Sul passou a receber famílias de diversas nacionalidades como poloneses, ucranianos, russos, japoneses, libaneses e judeus. Esses novos migrantes se juntaram aos descendentes dos primeiros imigrantes e passaram a comprar lotes de terras no norte e noroeste do Estado. Nesse movimento surgiram cidades como Erechim que se caracterizam por receber colonos de diversas origens.

Como vemos o povoamento do Rio Grande do Sul se deve ao movimento migratório oriundo de diversos lugares. Ainda que açorianos, alemães e italianos sejam mais lembrados muitos outros povos para cá também vieram. Cada qual com sua língua, seus costumes e valores culturais. Esse encontro possibilitou a formação de uma identidade cultural multifacetada para o Estado. Ou seja, muitos povos e culturas contribuíram para a formação do povo gaúcho.

Para saber mais:
http://www.riogrande.com.br/historia/colonizacao_abre.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul

Exercício:
1. Liste os grupos étnicos que migraram para o Rio Grande do Sul e as regiões do estado onde eles se concentraram:
2. Faça um levantamento de cidades fundadas pela imigração açoriana, alemã e italiana no Rio Grande do Sul:
3. Escolha um dos grupos migrantes (açorianos, por exemplo) e cite alguns de seus hábitos culturais perceptíveis ainda hoje :

Para a próxima aula:
Assistir o filme:
Anahy de las missiones. De Sergio Silva, 1997.
http://www.paginadogaucho.com.br/cine/anahy.htm
1. Perceber as características da língua utilizada pelos personagens.
2. Perceber as condições de vida dos personagens.



domingo, 25 de março de 2007

Quarta aula: Ocupação do sítio de urbano de Porto Alegre



Uma cidade ao mesmo tempo são duas: em uma dimensão a cidade é suas construções, ruas e praças; outra cidade é aquela que trazemos em nossa memória, as lembranças dos lugares e situações que nela vivemos.
A história de uma cidade é a história desses lugares, mas também das vivências. Dos prédios, mas também das pessoas que os habitam. A história de nossa cidade faz parte da memória afetiva que construimos sobre o lugar em que vivemos.

O sítio onde hoje se situa Porto Alegre está no caminho que, ao longo do século XVII ligava a Colônia de Sacramento (atual Urugaui) e a Vila de Laguna (em Santa Catarina). A Coroa Portuguesa, procurando garantir sua influência na região do Rio da Prata, distribuiu lotes de terra, chamados sesmaria, ao longo deste caminho.

Em 1740 coube a Jerônimo de Ornelas as terras situadas entre o Rio Gravataí e o Arroio do Dilúvio. E a Sebastião Francisco Chaves as terras situadas entre este e a Laguna dos Patos. Estes dois donatário, contudo, não tinham intenção de fundar nesse sítio uma povoação. Sua atenção estava antes voltada a prenha do gado solto nessas terras.

Em 1752 esembarcam nessa península um conjunto de casais vindos das Ilhas dos Açores com destino a região das missões. Ali arranchados esses colonos não se ocuparam e organizar o território.

Quando em 1763 forças espanhóis vindas de Buenos Aires tomam a fortificação de Rio Grande a administração portuguesa da região é transferida para o interior do Continente. Inicialmente se instalou junto a capela de Viamão, mas logo entendeu que era necessário ficar próximo ao rio para facilitar a comunicação com o restante do território.

Tendo em vista a transferir a administração José Marcelino de Figueiredo ordena o arruamento da península e distribui aos casais açorianos pequenos lotes na margem do Gauíba. feito isso em 26 de março de 1772 eleva a povoação a condição de Freguesia da Nossa Senhora da Madre de Deus.

Para saber mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_alegre
http://www.youtube.com/watch?v=wvXA1Bb22p4
MACEDO, Francisco Riopardense. História de Porto Alegre. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1993. (Capítulo 1)

Tema de casa:
1. Visite o site indicado e façz uma cronologia da ocupação da região onde hoje se situa Porto Alegre.
2. Uma cidade são seus lugares e suas lembranças. Escolha uma foto da cidade de Porto alegre e descreva uma história ocorrida neste lugar!

sábado, 17 de março de 2007

Terceira Aula: As Missões Jesuíticas


Nessa aula foi explorada uma apresentação de slides dos sítios históricos das reduções jesuíticas como forma de ilustar o processo de penetração européia pelo território que atualmente forma o Rio Grande do Sul. Esse material pode ser acessado pelo endereço http://www.ufrgs.br/lch/repositorio/index.htm

As reduções jesuíticas constituiram uma experiência histórica singular. Trata-se de um conjunto de algumas dezenas de cidades espalhadas pelas margens da bacia hidrográfica do Rio da Prata. Foram fundadas ao longo do século XVII e XVIII em território que hoje é dividido por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Em cada uma dessas missionário católicos da ordem da Companhia de Jesus, os jesuítas, reuniram milhares de índios convencidos a abandonar a vida nomade. Nas reduções os indígenas desenvolveram a agricultura e a pecuária, mas também eram ensinados nas artes do canto e da música e nos ofícios da escultura em madeira e pedra entre outras.

As diversas peças de arte sacra que se encontram no Museu das Missões bem como as próprias edificações que ali se preservam nos mostram que aquelas comunidades indígines produziram uma cultura rica e original. Mesclando traços e valores da cultura indígena a técnicas e valores da arte européia da época deram forma ao estilo hoje chamado de barroco missioneiro.

Contudo, em 1750 pelo Tratado de Madri o Reino da Espanha abria mão do controle do território das missões a leste do Rio Uruguai, ou seja, onde atualmete fica o Rio Grande do Sul. Para possibilitar a ocupação deste território por colonos portugueses era necessário que os jesuítas espanhóis retirassem os índios sob seu controle para a outra margem do Rio Uruguai. Contudo alguns jesuítas e um tanto de indígenas resolveram se manter nas reduções que construiram e nas terras que cultivavam. Entre esses se destacou a figura do cacique Sepé Tiarajú. Para expulsa-los os exércitos de Espanha e Portugual se reuniram provocando um massacre da resistência indígina.

Por ser vestígio de toda essa experiência histórica em 1937 os sítios arqueológicos das missões jesuíticas, situados em território gaúcho, foram considerados como patrimônio histórico nacional. Assim se tornaram reconheciods como bens de valor para a formação da nação brasileira. Em 1983 os sítios brasileiros e mais os sítios situados no território argentino e paraguaio foram tombando como patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.

A atividade turística que explora os sítios arqueológicos dever ter presente seu valor como atrativo, mas também como patrimônio histórico. Ou seja, ao visitar esses bens o turista deve ser informado das histórias que ali se passaram, mas também da importância de não se danificar os objetos do sítios. Estatuas, paredes, peças de barro e demais artefatos históricos como os as Ruínas de São Miguel, fundada em 1632, resistem a 350 anos e merecem ser vistas pelas gerações futuras.



Atividade complementar:
Assistir o filme
A MISSÃO (The Mission, ING 1986). Direção Roland Joffé. Elenco: Robert de Niro, Jeremy Irons, Lian Neeson, 121 min., Flashsta
e identificar:
1. Qual o interesse dos jesuítas com a catequese dos índios?
2. Como os índios são apresentados aos europeus que chegam as reduções?
3. Quais as razões que obrigam os índios a abandonar as reduções jesuíticas?

quinta-feira, 15 de março de 2007

Segunda Aula: A ocupação do Rio Grande do Sul


Nessa aula foi abordado o processo histórico de ocupação do Rio Grande do Sul.

Primeriamente foi apontado sua peculiaridade em relação ao processo de colonização do restante da América, seja portugues, seja espanhola, pela falta de interesse econômico na região que atualmente forma o Estado do Rio Grande do Sul.

Esta situação se altera apenas no século XVII quando interesses diversos se voltam para as terras do Continente de São Pedro. Nesse momento três vetores orientaram a penetração européia nesse território. Quais sejam:

- As Missões Jesuíticas:
Essas eram elas aldeamentos de indígenas organizados pelos padres jesuítas sob a bandeira espanhola. Essas comunidades foram atacadas por bandeirantes paulistas, sob bandeira portuguesa, a busca da captura de indígenas à serem escravizados.

- O contrabando da Prata:
A prata explorada das minas de Potosí, no atual território do Perú, pelos colonizadores espanhóis era exporta pelo Porto de Buenos Aires, no Rio da Prata. Para se beneficiar desse comércio a Coroa Portuguesa a fundação a Colônia de Sacramento na margem oposta. No transito entre essa povoação e a Vila de Laguna o território começa a ser explorado.

- A prenha do gado:
Encontra-se, então, o rebanho de gado chucro introduzido pelos jesuítas para a subsistência das reduções. Essa vacaria logo é identificada como uma riqueza e passa a ser capturada para a exploração do couro.

Esses diferentes interesses caracterizaram o processo de ocupação do território rio-grandense produzindo alguns traços que caracterizam o Estado até os dias atuais. Das missões jesuítsa restam os sítios arqueológicos das reduções missioneiras formam um importante patrimônio histórico reconhecido por órgão nacionais e internacionais.
O comércio com a Colônia de Sacramento e a ligação com o Rio da Prata produziu a nossa proximidade cultural com os hermanos castelhanos formando a imagem de um gaúcho que perpassa as fronteiras nacionais.
E o gado ainda hoje é uma importante produto da economia. Sendo deste momento também a origem do hábito de comer carne assada com fartura, ou seja, o churrasco.

Após esta exposição foi proposto um exercício de expressão escrita e oral. Nele foi simulando o desempenho de um guia de turismo regional ao explorar um atrativo turísitico de carater histórico.

Indicamos como bibliografia para aprofundamento desses temas:
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto. (capitulo 1: O Rio Grande de São Pedro)
KUHN, Fábio. Breve história do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Século XXI. (capítulo 2: A fronteira em movimento)

Como lazer produtivo foi indicado o filme A Missão, tema que se desdobra desta aula e que será aprofundado no próximo encontro.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Primeira Aula: Tema de casa

Tema de Casa da primeira aula:

Com base nos temas debatidos na primeira aula assista o filme:

CAFFÉ, Eliane. Narradores de Javé. Baneira Filmes, 2003.

Após reponda as questões:

1. Porque o passado é importante para a comunidade de Javé?
2. Qual a relação entre as histórias narradas e os narradores?
3. A cidade de Javé merece ser salva? Por quê?

As questões podem ser respondidas através do comentários.
Abraços,